domingo, 7 de junho de 2009

Nosso Dever Constitucional


É absolutamente impossível se livrar dos anarthas da ira, luxúria e tudo mais ao restringir-se a mente unicamente através das práticas de yoga, jñana ou tapasya, sem fixá-la nos pés de lótus de Bhagavan. Quando consideramos os objetos dos sentidos forma, sabor, aroma, tato e som como sendo fontes de felicidade, meditamos neles com a mente constantemente. Ao fazer isso, mesmo os grandes yogis desenvolvem apego por eles. O apego leva ao desejo de desfrutar. Quando o desfrute é obstruído, então surge a ira.

Da ira, surge a ilusão, que aqui se refere à perda da inteligência ou sabedoria, com a qual discriminamos entre o que deve ser feito e o que não deve ser feito. Dessa ilusão, ocorre a confusão da memória, o que significa que nos desviamos da tentativa de controlar os sentidos. Quando a memória fica confusa, a inteligência se acaba. Isso significa que o cultivo de atma-jñana, ou conhecimento da auto-realização, é destruído. Finalmente, quando a inteligência é destruída, há extinção total, ou pranasyati. A palavra pranasyati, que usamos aqui, significa que nos tornamos novamente imersos em desfrute sensorial.

A conclusão é que é impossível conquistar a mente incontrolável, sem que busquemos refúgio em Sri Bhagavan. A mente descontrolada é a causa de todos os anarthas severos. Portanto, aqueles que têm o desejo de controlar a mente são obrigados a adorar o Senhor Supremo. Esse é o dever principal e exclusivo de todas as entidades vivas.